quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


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Meu Deus! Eu detestava aquela historia de ser adulta. Detestava tomar decisões quando não sabia o que havia escondido por trás da situação. Desejava um mundo onde as coisas boas e más tivessem rótulos claros. Onde música sinistra começasse a tocar no instante em que o vilão apare na tela, de modo a não se poder confundi-lo com o mocinho.
Onde o que lhe pedem é para escolher entre brincar com a linda princesa, no jardim perfumado, ou ser devorado pelo monstro horroroso, no fosso fedorento. Nada de muito difícil, entende? Nada que force a pessoa a se angustiar a respeito nem lhe tire o sono a noite inteira.
Ser uma vítima não é uma coisa lá muito boa, mas, que diabo, tira um bocado da confusão das coisas. Pelo menos você sabe que está certa.

                                                                Melancia - Marian Keyes

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